CONVITE

25 de Abril (Dia da Revolução)
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Espaço Campanhã
15H00_Lançamento da publicação "Está a morrer e não quer ver" de Mauro Cerqueira
16H00_Conferência "Uma mudança de vida" por Ana Cristina Assis
18H30_Concerto “Hinos para a Europa dos 27” por Marçal dos Campos

-----------------------------------------------------------------------------------------------Está patente a exposição Está a morrer e não quer ver
-----------------------------------------------------------------------------------------------com:
Ana Deus, André Cepeda, André Sousa, António Caramelo, António de Sousa, Arlindo Silva, Beatriz Albuquerque, Carla Filipe, Carlos Noronha Feio, César Figueiredo, Cristina Regadas, Der Fehler, Eduardo Matos, Fidalgo de Albuquerque, Francisco Eduardo Roldão, Isabel Ribeiro, Israel Pimenta, João Marçal, José Almeida Pereira, Luís Figueiredo, Manuel Santos Maia, Marco Mendes, Mauro Cerqueira, Miguel Carneiro, Nuno Ramalho, Paulo Mendes, Pedro Magalhães, Rita Castro Neves, Samuel Silva + Bolos Quentes, Sónia Neves, Vera Mota, Teixeira Barbosa.

Patentede 6ª feira a Sábado das 15H às 20H11 de Abril até 2 de Maio
-----------------------------------------------------------------------------------------------Conferência uma mudança de vida

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Esta breve apresentação tem como ponto de partida o pensamento de Maria de Lourdes Pintasilgo, e a perspectiva de mudança que ele lança. Uma reflexão sobre a capacidade singular da mulher no exercício social, profissional e cultural, a necessidade de uma consciência de cidadania, cuja acção passa inequivocamente por uma acção política; e, finalmente, uma reflexão sobre os processos de globalização, defendendo a ética do cuidado como variável fundamental na solução de uma equação que problematiza População, Qualidade de Vida e Capacidade de Carga da Terra.


Ana Cristina Assis, licenciada em Engenharia Têxtil pela Universidade do Minho e mestre desde 2008 em Literatura e Cultura Comparada pela FLUP. No âmbito da sua dissertação de mestrado, cruzou as perspectivas ecofeministas anglo-saxónicas desde os anos setenta com o pensamento de Maria de Lourdes Pintasilgo.
Na sua actividade profissional esteve sempre ligada à industria têxtil sobretudo na área da Ultimação, é empresaria estando desde Outubro num novo projecto industrial de tinturaria e lavandaria.

-----------------------------------------------------------------------------------------------Comissário: José MaiaEspaço CampanhãRua Pinto Bessa 122 – Armazém 4. (atrás do BANIF) _ 4300-472 PortoVisitas por marcação: 912897580 / linha1@plataformacampanha.com
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Assim, a “morte de Portugal” não significa que Portugal desapareça (Portugal “dura”, escrevia Eça de Queiróz durante a crise do Ultimatum; é, aliás, a sua grande virtude, não dar felicidade ao seu povo, mas durar, sobreviver, existir por existir, criando contínuas mitologias que justifiquem a sua existência), mas, sim, que o Portugal que as gerações nascidas até à década de 1960 conheceram, (…), se encontra em vias de desaparecimento, transfigurado em mais uma das inúmeras regiões da Europa, governado por técnicos medíocres que, lentamente, em nome da segurança internacional, da carência de recursos naturais, ou outra justificação, preparam uma futura ditadura tecnocrática. No futuro, porventura no virar deste para o próximo século, Portugal transformar-se-á em mais uma das inúmeras regiões singulares da Europa, culturalmente tão importante e exótico como a Alsácia ou a Andaluzia, guardando dentro de si, nos seus museus regionais ou nacionais, o retrato de uma velha cultura de 800 anos morta às mãos de um grupo de engenheiros e economistas sem espírito histórico, de uma tecnocracia sem rosto nem alma, para quem conta só, primeiro, a contabilidade das estatísticas, e, segundo, o sentido europeu das estatísticas. A História, a Cultura, a Identidade, o Espírito, o sentido individual e colectivo da Transcendência, a educação para partilha e a espiritualidade, são encarados, por esta mentalidade técnica, como meras cócegas da alma, jarrões da China sempre agradáveis de estar no hall de entrada da vivenda suburbana. (…) e o Estado, mais do que garantia da existência livre do cidadão, ter-se-á tornado no superior controlador da existência individual.
In “AMORTE DE PORTUGAL” de Miguel Real
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