Espaço Campanhã
inaugura 11 de Abril, às 16H00

a exposição Está a morrer e não quer ver



com:
Ana Deus, André Cepeda, André Sousa, António Caramelo, António de Sousa, Arlindo Silva, Beatriz Albuquerque, Carla Filipe, Carlos Noronha Feio, César Figueiredo, Cristina Regadas, Der Fehler, Eduardo Matos, Fidalgo de Albuquerque, Francisco Eduardo Roldão, Isabel Ribeiro, Israel Pimenta, João Marçal, José Almeida Pereira, Luís Figueiredo, Manuel Santos Maia, Marco Mendes, Mauro Cerqueira, Miguel Carneiro, Nuno Ramalho, Paulo Mendes, Pedro Magalhães, Rita Castro Neves, Samuel Silva + Bolos Quentes, Sónia Neves, Vera Mota, Teixeira Barbosa

Patente
de 6ª Feira a Sábado das 15H às 20H
até 01 de Maio (Dia do Trabalhador)




25 de Abril, (Dia da Revolução) às 18H30
Concerto “Hinos para a Europa dos 27” por Marçal dos Campos




Comissário: José Maia


Espaço Campanhã_Rua Pinto Bessa 122 – Armazém 4. (atrás do BANIF) _ 4300-472 Porto
Visitas por marcação: 912897580/
linha1@plataformacampanha.com


Lengalonga
Lengalonga Self made coisa e tal

fabricante de bandeira
kit-kat do capital
luna parque de fronteira.
Falocrata à paisana
pico pico saramico
sanduiche americana quem te deu tamanho bico
CEE tem-te não caias
cala e come a tua mão
menino saia das saias
homem não se quer chorão.
Ai não queres adeus viola
quem pode não sai de cima,
da foda não reza a escola

muito perdoa quem rima.

Muita carne de terceira
com molho tudo se engole.
Pergunta à alternadeira
se a moral não anda mole.
Central talvez nuclear
guerra sempre preventiva
gasolina pró jantar
que a gente em nada se priva.

Era uma vez um país
à beira mar chamuscado
porque Deus assim o quis
de cinza e negro pintado.
Era uma vez uma terra do lá vem um
lá vão dois
onde a carroça se enterra
terão de passar os bois.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra
a gente ladra ao luar, mas à luz do sol não ferra.

Gira lá roda da sorte
gosto de ouvir-te chiar
pois do berço até à morte
me deixarei embalar.
Caluda bolinha baixao
Salazar é que erao
povo a toque de caixa
nesses tempos quem me dera.
Futebol de canapé
nossa senhora da bola
tenho medo e tenho fé
cerveja com muita gola.
Ó Senhora dos parolos que fazes lá na azinheira
precisamos é de golos e missa futeboleira.
Se é pobre é porque tem culpa
se é preto tira-lhe a tosse
se é puta que pague a multa
e se é puto antes não fosse.
Se é bicha jaula com ela
se é bicho atira a matar
se é jovem não lhe dês trela
se é cota não tem lugar
se é doente já não presta
se é carente compre um cão
se é urgente não tem pressa
se caiu deixa-o no chão.

Rebéubéu
pardais ao ninho
Portugal engole sapos,
no sotão só macaquinhos
na cave gatos sapatos.

Nem tanto ao mar nem tanto à terra
a gente ladra ao luar mas à luz do sol não ferra.

Letra de Regina Guimarães
Voz de Ana Deus
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=39129661