Fotografia e Arte




ENCONTROS DO OLHAR

Fotografia e Arte

Instituto Português de Fotografia

Porto

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Encontros do Olhar - Fotografia e Arte

Ao longo de oito conferências, os diferentes convidados provenientes de áreas como a história da arte, a crítica de arte, a curadoria e a criação artrítica no campo das artes plástica e da fotografia, apresentarão a sua visão sobre a importância e a presença da fotografia no período contemporâneo e as relações que a fotografia estabelece com as diferentes áreas da criação artística.

Ciclo de Conferências Fotografia e Arte:

2006

02 Novembro 21h30 _ Fotografia na arte por Ricardo Nicolau

07 Dezembro 21h30 _ A obra de Rita Castro Neves por Rita Castro Neves

2007

04 Janeiro 21h30 _Jovens Fotógrafos por Liliana Coutinho

01 Fevereiro 21h30 _ Fotografia e arte contemporânea:

o papel crítico da fotografia no campo artístico

por Sandra Vieira Jürgens

01 Março 21h30 _ A obra de André Cepeda por André Cepeda

05 Abril 21h30 _ Luís Fortunato Lima

03 Maio 21h30 _ A obra de João Tabarra por João Tabarra

07Junho 21h30 _ Miguel von Hafe Pérez


02 Novembro _ Fotografia na arte por Ricardo Nicolau

Ricardo Nicolau (n. 1976) é adjunto do director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Desenvolve neste momento um programa de exposições no espaço Chiado 8, em Lisboa, além de preparar várias exposições para Serralves. Foi crítico de arte e director da revista Pangloss. Tem vários textos publicados em revistas e catálogos. No campo da fotografia, destaca-se a edição do livro Fotografia na Arte, publicado em 2006 pela Fundação de Serralves e pelo Jornal Público.


Fotografia na arte
A sua apresentação, centrar-se-á, sem deixar de focar a actualidade, no contributo da fotografia, principalmente das suas formas vernáculas e amadoras, para a alteração de determinados paradigmas artísticos nas décadas de 60 e 70 – a sua relação com a arte conceptual e com a ideia de arquivo, o seu potencial no sublinhar da indiferença estética e no combate às ideias de originalidade e expressão individual. Serão apresentados e discutidos exemplos de obras de artistas portugueses e internacionais que recorrem à fotografia.



07 Dezembro_ A obra de Rita Castro Neves por Rita Castro Neves


Rita Castro Neves
nasceu em Paris em 1971, vive e trabalha no Porto.

Acabou o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co (Lisboa) em 1995 e o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art (Londres) em 1998, tendo desde então exposto regularmente em Portugal e no estrangeiro, tanto em locais ditos não convencionais (escola primária, apartamento alugado, casa de banho pública, loja de discos) como em espaços estabelecidos (Spike Island, Bristol, Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil, The Courtauld Institute of Art,

Londres, I.C.A., Londres, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto).
Desenvolve projectos de comissariado em artes plásticas e na área da Live Art (Amorph!98 em Helsínquia, Dia E Vento no Teatro do Campo Alegre, Porto, 2001, Brrr com o T.N.S.J./ Teatro Carlos Alberto/Porto 2001, Trama com a Fundação de Serralves e a Casa da Música, Porto, 2005). É coordenadora pedagógica do Curso Profissional de Fotografia do IPF – Porto, onde lecciona as disciplinas de História da Fotografia, Organização e Métodos e Composição.

A obra de Rita Castro Neves Partindo de uma formação e visão fotográficas, Rita Castro Neves tem desenvolvido projectos artísticos com suportes diversificados: da fotografia à fabricação de objectos, passando pelo vídeo, a live art, a instalação, bem como projectos site-specific. As suas obras têm analisado alguns gestos do quotidiano, rotina e familiaridade numa tentativa de compreender e investigar uma visão mais interiorizada das nossas vidas. Em cenários realistas, personagens comuns fundem-se nas suas paisagens – interiores ou exteriores – assim se apropriando e reconstruindo o seu surpreendente mundo exterior. Este realismo pormenorizado e minucioso – por vezes absurdo, outras político ou ainda emotivo – é também um realismo mágico.

A suspensão da realidade permite construir um tempo entre o tempo, atento a um conceito de espaço mental - ponto de partida para uma nova percepção desta nossa realidade flutuante. A narratividade (as séries em fotografia, o tempo sequencial no vídeo e no som…) é muitas vezes quebrada e não-linear.
O quotidiano torna-se aqui a fonte quer das emoções, quer da perspectivação - e crítica - das situações e estruturas de funcionamento da sociedade.



04 Janeiro_Jovens Fotógrafos por Liliana Coutinho

Liliana Coutinho nasceu em Lisboa em 1977.

Bolseira de investigação da Fundação de Ciência e Tecnologia – MCES, desenvolve o doutoramento em Estética e Ciências da Arte, na Universidade Paris 1 – Sorbonne. É mestre em Estudos Curatoriais pela FBAUL.
Como free-lancer, tem trabalhado como curadora, critica e produtora na área da arte c
ontemporânea.

A fotografia e os novos artistas

Partindo da exposição que resultou do concurso BesRevelação, patente na Casa de Serralves, no Porto, a curadora Liliana Coutinho, propõe um encontro, com o objectivo de se empreender uma reflexão acerca da prática fotográfica actual. Serão reflectidos os modos como a instituição artística se tem envolvido com percursos artísticos que estão ainda em emergência, o modo como a fotografia, no contexto artístico, tem desmontado estratégias de fabricação do instante e a implicação, no contexto artístico, de determinadas imagens que relevam um contexto histórico e social da fotografia.



01 Fevereiro_ Fotografia e arte contemporânea: o papel crítico da fotografia no campo artístico

por Sandra Vieira Jürgens

Sandra Vieira Jürgens nasceu em Lisboa, 1969. Vive e trabalha em Lisboa.

Historiadora e crítica de arte. Licenciada em História/variante História da Arte e pós-graduada em História da Arte Contemporânea (Universidade Nova de Lisboa) e em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação (ISCTE).

É directora da revista online ARTECAPITAL (www.artecapital.net). Publicou ensaios sobre artistas portugueses e inúmeros textos sobre arte contemporânea em livros e catálogos e, actualmente escreve para várias publicações, entre as quais, a ARQ./A – Revista de Arquitectura e Arte, a Arte y Parte, a L+Arte. É membro fundador da Plano 21. Associação Cultural e consultora de várias iniciativas editoriais e de projectos de comissariado de exposições. Colabora com o Sector de Educação do Centro de Arte Moderna/Fundação Calouste Gulbenkian e tem organizado e participado em seminários, conferências e cursos sobre temas da contemporaneidade.


Fotografia e arte contemporânea: o papel crítico da fotografia no campo artístico

Em qualquer abordagem sobre história da arte contemporânea torna-se incontornável referir a fotografia. A ampla utilização deste meio e a presença da imagem fotográfica em diferentes práticas nos movimentos de vanguarda artística foram determinantes para a renovação da criação visual e, desde os anos 60, por via da arte conceptual, a fotografia adquiriu um estatuto determinante na arte contemporânea.

Nesta sessão dos “Encontros do Olhar” a abordagem recairá sobre aspectos do uso da fotografia na arte (fotografia de massas, fotografia de “amador”, fotografia documento), sobre as diferentes posturas dos artistas em relação à fotografia e fundamentalmente sobre o valor de questionamento crítico das suas intervenções no campo artístico.


01 Março_ A obra de André Cepeda por André Cepeda

André Cepeda nasceu em Coimbra em 1976. Vive e trabalha no Porto.

Foi colaborador dos Encontros de Fotografia de Coimbra (1991-1994), frequentou o curso de fotografia da École des Art d’Ixelles de Bruxelas (1995-1996), trabalhou como técnico de laboratório e no departamento de digitalização do arquivo fotográfico do Centro Português de Fotografia, no Porto (1997-1999), fez um estágio com o Guilhaume Geneste, “La chambre Noire”, Paris, (1998), de técnicas de impressão, foi convidado para participar no Workshop para jovens fotógrafos, ASEF, Singapore (2002) e actualmente é responsável pelo tratamento e digitalização das imagens do projecto www.anamnese.pt (2003-2006).

Expõe regularmente desde 1999, ano em que frequentou a residência de artista no Espace Photographique Contretype de Bruxelas. Em 2001 recebeu duas relevantes encomendas: a primeira no âmbito da programação do Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura, pelo Centro Português de Fotografia/MC, e uma segunda para os Encontros de Imagem, pelo Museu da Imagem de Braga. Torna-se bolseiro do Centro Nacional de Cultura, em 2002, e, já em 2003, volta a frequentar uma residência de artista, desta feita em Viseu, na António Henriques Galeria de Arte Contemporânea.
Está representado em diversas colecções públicas e privadas.


A obra de André Cepeda
O projecto artístico consiste em pontos de vista urbanos e semi-urbanos que configuram locais aos quais normalmente não é dado um estatuto de relevância particular enquanto imagens que conduzam a uma qualquer reflexão sobre aquilo que determina o nosso entorno contemporâneo.

A forma como enquadramos e nos relacionamos com a imagem é algo sobre o qual tenho vindo a reflectir. Isto leva-me a fotografar e a querer construir, cada vez mais, novas formas de olhar para a realidade e para o espaço que me é apresentado, como também os espaços e os momentos esquecidos ou rejeitados. Interessa-me criar uma imagem e relacionar-me com o seu espaço e contextos de recepção originais. Concentrando-me apenas na luz, no espaço e no tempo, crio novos contextos para as imagens, como se este tratamento quase escultórico lhes devolvesse uma dignidade aparentemente esquecida ou negligenciada. Estas imagens são momentos que propiciam uma reflexão mais alargada sobre o modo como construimos a nossa identidade cultural e social.




Programação: José Maia

Organização: IPF - Porto

Informações: José Maia |

93 32 88 141

encontrosdoolhar@gmail.com

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